Superar uma traição
- ltdarevivi
- 13 de jan. de 2023
- 3 min de leitura
Atualizado: 14 de jan. de 2023

DESEJO DE PUNIR X PRESERVAR A RELAÇÃO
E aí? Qual vai ser? A vingança trás um alívio pelo empate, mas torna-se um impedimento da reconciliação, muitas das vezes. Por outro lado, preservar a relação dá um trabalho imenso: muito autocontrole e dedicação de ambos os lados.
Vamos observar algumas fases que o casal passa após esse transtorno. Lembrando que elas podem acontecer simultaneamente ou sem ordem específica, por conta de dúvidas e oscilações de humor.
ARREPENDIMENTO

Bem, o infiel passa por um lento caminho até o perdão genuíno, acaba aguentando a desforra e punição na tratativa e ainda assim deve demonstrar arrependimento.
No entanto, arrependimento só não basta. a explicitação dele é o que mais conta. Reconhecer: "não foi a forma ideal de lidar com minhas necessidades.", é o que conta. Lembrando que não e sábio culpar o outro pelo deslize se há intenção de retorno ou separação amigável. Foque em assumir.
DESFORRA:
Nesse momento é preciso expiar e torná-la a mais breve possível. O risco que se tem é de que haja um xeque mate nessa fase, o que é cedo. Aquele que desforra tem a fúria amenizada, mas quando isso se excede o outro se sente humilhado e torturado. Nesse momento um "basta" deve ser pensado.
PROCESSO DE EXPLICAÇÕES E ESCLARECIMENTOS
Período onde quem foi traído busca se situar (como, onde...) ou obter controle sobre o outro e devassar sua vida. Como existe medo de magoar mais e piorar a retaliação, a pessoa do outro lado se retrai e acata a tudo, mas, quem foi traído ainda pode optar por buscar o afeto que ainda sente e identificar erros da relação para futuramente melhorá-la.
INDENIZAÇÃO:
Hora de corrigir antigos maus tratos e incorporar novas práticas de cuidado.
PERDÃO:
Perdoar não é negar o impacto causado, mas entender que o outro é humano, compreender o contexto e repactuar a relação com novo modelo de contrato onde o comportamento de ambos deve ser revisto. Para isso, os dois precisam de autoestima e de confiança em lidar com os empecilhos da vida mantendo o equilíbrio pessoal (nada de paranóia!). Perdoar é refazer a aposta no parceiro!
Se o parceiro não se separar logo de início pode estar declarando inconscientemente que quer ficar e superar a dor, mas essa visão vai depender muito de como será o comportamento de ambos dali pra frente até o perdão ser oficializado.
Rever o que é bom e o que conectava o casal é importante, assim como rever também o moralismo pessoal de cada um de forma que o outro não seja demonizado pelo seu ato de deslealdade.
Traição é ferida narcísica e exposição de vulnerabilidade. É sério.
REASSEGURAMENTO

Tranquilizar o outro novamente pode demorar meses ou anos. Discutir sobre COMO se sentir seguro novamente traz soluções (livre acesso à e-mail, WhatsApp, etc.) desde que o outro não se enxergue como uma marionete. Há limites para acatar à nova forma.
O retorno da confiança vem com a competência em lidar com o assunto, vem com o conforto do parceiro traído que deve prevenir-se de momentos de descontrole: converse! Saber viver a dois necessita de diálogo, lembra? E o outro lado precisa de paciência.
REPACTUAÇÃO
Em geral é construída uma relação mais verdadeira e profunda após essa crise. O vínculo entre o casal é certo.
Revisar o contrato, as cláusulas e fortalecer um ao outro deve estar numa discussão sem interrupções onde os dois falam ativamente.
Após isso, busque apreciar a vida e um ao outro!
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